quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Teatro


Sinto muita falta do teatro. O teatro me fazia um bem que não consigo definir. Conheci ótimas pessoas lá e também aprendi muita coisa importante que levarei para sempre na minha memória.
Andar de cigana vestida de vermelho pelo shopping, interpretar a aluna de Naum, fazer cenas de época, foliões de carnavais antigos, fantasmas de 1900, Damas da Lotação de Nelson Rodrigues, dançar tango, dançar chiquititas (rs), fazer papel de criança, rolar no chão, dividir o pão, quebrar o tornozelo no início de uma apresentação, enjoar nas barcas voltando do espetáculo ao som do violão do querido companheiro de cena e sentir saudade disso, apresentar um espetáculo, fazer uma bailarina, uma borboleta especial para aquele ator que tanto admiro, sentir saudades das aulas do outro que infelizmente já não podemos mais ver..., fazer A Megera Domada de Shakespeare... (Ah, A Megera Domada, nada como esse texto...), atravessar a Avenida das Américas correndo e quase ser atropelada, pedir apoio nas lojas, implicar com o diretor, se estressar todos os dias no ensaio, (e quanto mais perto da estréia mais estresse), no dia da estréia sentir aquele frio na barriga e aquele medo do branco, no palco se sentir completa, feliz, apesar do medo ainda existir, agora mais segura, mesmo com a platéia olhando, afinal a personagem está em cena, e no final a sensação de alívio de missão cumprida e de quero mais...
Enfim, a saudade bateu, culpa do Chico (Buarque) também, suas músicas me deixaram assim, com essa vontade... (rs)
Vou voltar, nem que seja na produção, nem que seja por diversão, nem que seja pra um dia perceber que já está na hora de aposentar a arte e somente admirá-la da platéia, o que será também um grande prazer.

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