sexta-feira, 26 de março de 2010

26 de março

Hoje seria comemorado o aniversário de uma pessoa muito especial pra mim. Escrevi um texto enorme para homenageá-la, porém não consegui terminar... Muitas coisas, muitas lembranças... Depois eu posto.
Por enquanto fica um trecho de uma música do Renato Russo, que seria o aniversariante de amanhã:
"É tão estranho, os bons morrem jovens, assim parece ser quando lembro de você, que acabou indo embora cedo demais."
E termino com Giz, do mesmo Renato: "Quero que saibas que me lembro. Queria até que pudesses me ver. És parte ainda do que me faz forte. Pra ser sincero só um pouquinho infeliz. Mas tudo bem."
Saudades eternas da  irmã-amiga-companheira-cumplice..

sexta-feira, 19 de março de 2010

Armário

O tempo não pára e também não faz milagres, no máximo ameniza algumas coisas.
Arrumando um armário, pela milionésima vez, achei algumas coisas que me trouxeram boas recordações, mas com elas veio uma saudade indescritível. Lembrei-me da primeira vez que mexi nesse mesmo armário para limpar, como eu não gostaria de ter que fazer isso, e como eu também não gostaria que outra pessoa o fizesse.
Achei papéis, escritos por mim, que preferi não reler. Achei tanta coisa perdida ali dentro... Acho que no fundo acabei me perdendo por ali algumas horas, sorrindo, sentindo saudades, me xingando por guardar tanta coisa... No final fica uma sensação boa, mas uma saudade...
O armário guarda em si recordações de muitas coisas vividas. Recordações que eu mesma fiz questão de guardar, e talvez propositalmente esqueci. Talvez pra ter o prazer de um dia lembrar, talvez por não querer lembrar por um bom tempo.
Me desfiz de algumas, outras preferi manter. Jogar fora não elimina toda lembrança. O cérebro faz questão de armazenar e não permite arrumações como as do armário. Os vestígios do que é mandado para o incosciente estão visíveis nos olhos, no sorriso, na alma, no comportamento, na fala... Cansou de ficar esquecido, escondido. Quer se mostrar. Não há como impedir ou controlar. É a voz da alma.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Preconceito

Ao ver reportagens sobre o assassinato do cartunista, percebi o quanto as pessoas são preconceituosas e não conseguem disfarçar isso. O papel de um jornalista é informar, de dar a notícia. Quando ouvi relacionarem "indiretamente" o assassinato ao Santo Daime pensei: Será que se fossem duas pessoas da religião Católica enfatizariam na notícia a religião deles? Ou se fossem dois evangélicos? Afinal, não vejo frequentadores do Santo Daime se matando por aí por causa das crenças e práticas de sua religião, muito pelo contrário, os frequentadores que conheci são pessoas calmas, muito gentis, atenciosas...

Quando um pai ou uma mãe mata o filho ou filha, como vimos no caso da menina Isabela, ninguém parou para indagar qual seria a religião deles, e na minha opinião não deveriam mesmo. Não importa a religião dos envolvidos, o que importa é o fato. É claro que quando falamos de ceitas, nas quais existem os ditos sacrifícios, etc, é outra história.

Nunca vi religião definir caráter. Existem pessoas maravilhosas no mundo que não têm religião. Existem pessoas horríveis em todas as religiões. O fato é: um rapaz, que já tem em seu histórico problemas relacionados ao uso de drogas, cometeu um crime. Sim, pq o uso de drogas influi muito no comportamento, e já existiram vários casos de assassinatos, violência, etc, praticados por pessoas que haviam feito uso das mesmas. As drogas associadas a um
déficit de caráter, ou até mesmo sem ele, mas associadas a outros problemas psicológicos, emocionais, etc, podem levar o indivíduo a cometer atos como esse.

O preconceito anda junto com a falta de conhecimento. As pessoas tendem a ter medo do desconhecido, e ao invés de procurarem conhecer, se informar, preferem discriminar, falar mal, "agredir".

Fico indignada ao ver a notícia ser transmitida dessa maneira, principalmente por muitos desses veículos serem formadores de opinião. Isso só faz aumentar o preconceito já existente na sociedade, e junto com ele a discriminação e até mesmo a violência dos mais intolerantes.