quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amigos

Texto escrito para o blog de dois amigos em comemoração ao dia da amizade.

Blog: http://topicosparaumasemanautopica.blogspot.com/2010/07/que-bom-amigo-milton-nascimento-por.html

"Que Bom Amigo" (Milton Nascimento)

Neste mês que tivemos o dia da amizade fui convidada mais uma vez pelos donos do blog "Eu canto em português errado..." a escrever utilizando uma canção que fale sobre o tema amizade. Missão difícil. São muitas as músicas, mas poucas que eu realmente gosto e que estavam disponíveis, já que existiriam outros textos falando de algumas canções. Encontrei a canção “Que bom amigo” do Milton Nascimento, que achei perfeita pra ocasião.

Na amizade mesmo que o tempo passe, mesmo com toda distância, mesmo sem se falar, o carinho continua igual. A amizade é a forma de amor mais pura e verdadeira que existe. O simples fato daquela pessoa existir já faz o mundo melhor. Mesmo sem vê-la sabemos que ela está ali. Nos piores e nos melhores momentos ela estará ao nosso lado, mesmo ausente fisicamente. Amigo de verdade nunca deixa de ser amigo. Pode-se brigar e até parar de falar, se afastar, afinal as pessoas são muito orgulhosas pra perdoar, admitir os próprios erros, compreender o outro... Mas quando há uma amizade verdadeira, e não só uma relação superficial e/ou de interesses, todas as divergências são superadas e a relação volta ao normal, como se nada tivesse acontecido, ou melhor, aprendendo com o que aconteceu. Como diz na canção: “Que bom amigo, poder saber outra vez que estás comigo, dizer outra vez a palavra amigo.... Sentir que tu sabes que estou pro que der contigo. Se bem que isso nunca deixou de ser.” E nunca deixa mesmo. Amigo é aquele que mesmo após uma briga, coisa natural da convivência nos relacionamentos humanos, se você precisar ele estará lá. E só a presença dessa pessoa já faz com que você se sinta seguro, feliz... Amigo é aquela pessoa que nos traz alegria sempre que pensamos nela. Amigo é aquele com quem queremos compartilhar nossas alegrias, tristezas, dúvidas... Com quem queremos compartilhar tudo, ou quase tudo. Amigo é aquele que briga com a gente quando necessário, discorda da nossa opinião se for o caso, cansa de ouvir as mesmas histórias, mas sempre as ouve com toda a paciência do mundo, como se fosse a primeira vez, e repete milhões de vezes os mesmos conselhos que não ouvimos antes, e quando ainda assim fazemos besteira podem até brigar mas também nos oferecem seu ombro. Amigo também erra, claro, é humano, mas isso não importa. Amigo é aquela pessoa que a presença faz com que nosso rosto se ilumine com um sorriso. Que alivia os sofrimentos da vida em uma conversa. Que nos ajuda a superar os problemas, a ver “uma luz no fim do túnel”, a encontrar soluções. Amigo é aquele que nos traz a vida toda vez que se aproxima de nós, seja pra uma conversa séria, pra “jogar conversa fora” ou pra ficar em silêncio. Amigo é aquele que nunca nos pede nada em troca, nem amizade, está com você pelo carinho que sente, mesmo que esse não seja retribuído, e se alegra com a felicidade do outro. Amigo nunca deixa de ser amigo. Amizade é uma das coisas mais valiosas da vida, nos resta aprender a valorizar melhor o que possuímos, a respeitar, a cuidar, a reconhecer e agradecer o que recebemos e temos, mesmo sem merecermos.

Link da Letra:
http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/808232/

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pensamentos idiotas

Pensamento idiota: Dizem que "O que não mata engorda". Uma folha de alface mataria então? E a dita comida saudável será que mata?...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Estresses do mundo moderno

Andei meio sem tempo de atualizar o blog e, confesso, sem vontade também. Porém, ao ver uma reportagem, e imediatamente lembrar de outra, veio a vontade de escrever.
O mundo moderno é repleto de informações e tecnologias que tem o objetivo de facilitar a vida. É também cheio de desigualdades, preconceitos escondidos em baixo dos tapetes, violência... Nos sobram informações, coisas pra fazer, nos falta tempo. Nos fala tempo de ouvir o que o outro quer falar, e daí surgem os desentendimentos, as brigas. Nos sobra o individualismo, o egocentrismo, a pressa. Nos falta a paciência, a boa vontade...
Voltando as reportagens, vi um dia que um policial atirou e acabou matando um homem que teve problemas para entrar no banco por ter um marca-passo. Hoje vi um policial que atirou e matou um homem que estava em sua casa usando uma furadeira só porque confundiu-a com uma metralhadora. Pra mim isso é apenas mais uma evidência do estresse, do constante estado de tensão em que vivemos. Não, não estou defendendo ninguém, afinal nada justifica tirar a vida de outra pessoa.
As pessoas andam tão tensas, tão estressadas, que acabam agindo sem pensar, vivem com medo, não se escutam, "todos são culpados até que se prove o contrário", agem por impulso, primeiro se defendem e depois verificam se há necessidade.
Talvez seja o momento de desacelerar, de cuidar não só do corpo mas também da mente. Vemos uma sociedade que adoece a cada dia, ficamos perplexos, achamos tudo absurdo, mas só. Não percebemos que fazemos parte do mundo, que algumas coisas podemos mudar sim, ou pelo menos tentar. Quem educa as crianças são os pais, somos exemplo pra algumas pessoas mesmo sem saber. Fazemos parte disso que achamos ser um monstro, a grande vilã do mundo, a sociedade.
Até quando vamos suportar viver assim, sem saber se em casa usando uma furadeira ou se indo a um banco estaremos seguros? E será aqueles que deveriam nos passar segurança não serão os vilões do dia? Até quando vamos apenas achar tudo triste ou absurdo porém normal?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Conversas

Pensamento que surgiu durante uma boa conversa:
"Não existem casos perdidos, apenas existem casos que não querem ser encontrados."

sexta-feira, 26 de março de 2010

26 de março

Hoje seria comemorado o aniversário de uma pessoa muito especial pra mim. Escrevi um texto enorme para homenageá-la, porém não consegui terminar... Muitas coisas, muitas lembranças... Depois eu posto.
Por enquanto fica um trecho de uma música do Renato Russo, que seria o aniversariante de amanhã:
"É tão estranho, os bons morrem jovens, assim parece ser quando lembro de você, que acabou indo embora cedo demais."
E termino com Giz, do mesmo Renato: "Quero que saibas que me lembro. Queria até que pudesses me ver. És parte ainda do que me faz forte. Pra ser sincero só um pouquinho infeliz. Mas tudo bem."
Saudades eternas da  irmã-amiga-companheira-cumplice..

sexta-feira, 19 de março de 2010

Armário

O tempo não pára e também não faz milagres, no máximo ameniza algumas coisas.
Arrumando um armário, pela milionésima vez, achei algumas coisas que me trouxeram boas recordações, mas com elas veio uma saudade indescritível. Lembrei-me da primeira vez que mexi nesse mesmo armário para limpar, como eu não gostaria de ter que fazer isso, e como eu também não gostaria que outra pessoa o fizesse.
Achei papéis, escritos por mim, que preferi não reler. Achei tanta coisa perdida ali dentro... Acho que no fundo acabei me perdendo por ali algumas horas, sorrindo, sentindo saudades, me xingando por guardar tanta coisa... No final fica uma sensação boa, mas uma saudade...
O armário guarda em si recordações de muitas coisas vividas. Recordações que eu mesma fiz questão de guardar, e talvez propositalmente esqueci. Talvez pra ter o prazer de um dia lembrar, talvez por não querer lembrar por um bom tempo.
Me desfiz de algumas, outras preferi manter. Jogar fora não elimina toda lembrança. O cérebro faz questão de armazenar e não permite arrumações como as do armário. Os vestígios do que é mandado para o incosciente estão visíveis nos olhos, no sorriso, na alma, no comportamento, na fala... Cansou de ficar esquecido, escondido. Quer se mostrar. Não há como impedir ou controlar. É a voz da alma.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Preconceito

Ao ver reportagens sobre o assassinato do cartunista, percebi o quanto as pessoas são preconceituosas e não conseguem disfarçar isso. O papel de um jornalista é informar, de dar a notícia. Quando ouvi relacionarem "indiretamente" o assassinato ao Santo Daime pensei: Será que se fossem duas pessoas da religião Católica enfatizariam na notícia a religião deles? Ou se fossem dois evangélicos? Afinal, não vejo frequentadores do Santo Daime se matando por aí por causa das crenças e práticas de sua religião, muito pelo contrário, os frequentadores que conheci são pessoas calmas, muito gentis, atenciosas...

Quando um pai ou uma mãe mata o filho ou filha, como vimos no caso da menina Isabela, ninguém parou para indagar qual seria a religião deles, e na minha opinião não deveriam mesmo. Não importa a religião dos envolvidos, o que importa é o fato. É claro que quando falamos de ceitas, nas quais existem os ditos sacrifícios, etc, é outra história.

Nunca vi religião definir caráter. Existem pessoas maravilhosas no mundo que não têm religião. Existem pessoas horríveis em todas as religiões. O fato é: um rapaz, que já tem em seu histórico problemas relacionados ao uso de drogas, cometeu um crime. Sim, pq o uso de drogas influi muito no comportamento, e já existiram vários casos de assassinatos, violência, etc, praticados por pessoas que haviam feito uso das mesmas. As drogas associadas a um
déficit de caráter, ou até mesmo sem ele, mas associadas a outros problemas psicológicos, emocionais, etc, podem levar o indivíduo a cometer atos como esse.

O preconceito anda junto com a falta de conhecimento. As pessoas tendem a ter medo do desconhecido, e ao invés de procurarem conhecer, se informar, preferem discriminar, falar mal, "agredir".

Fico indignada ao ver a notícia ser transmitida dessa maneira, principalmente por muitos desses veículos serem formadores de opinião. Isso só faz aumentar o preconceito já existente na sociedade, e junto com ele a discriminação e até mesmo a violência dos mais intolerantes.

domingo, 24 de janeiro de 2010

As crianças


Através de uma amiga soube de um belíssimo trabalho voluntário com crianças realizado em um hospital público. Como era um desejo antigo fazer esse tipo de trabalho entrei em contato com as responsáveis e fui para a primeira avaliação. Senti uma mistura de medo, ansiedade e felicidade, pois apesar de não saber como seria, minha vontade de estar ali e começar logo era enorme. Após esclarecimentos e o preenchimento de papéis eu e um grupo fomos conhecer o hospital. Entramos em uma enfermaria infantil, onde vi algumas crianças sozinhas, outras com suas mães, algumas com livrinhos nas mãos, sorrindo. Um pedaço do meu coração ficou ali, queria poder ficar, mas saímos rapidamente para dar continuidade a visita. Passamos pela porta de vários setores, sem poder entrar para conhecê-los. Fomos até a biblioteca, o ambulatório... depois encerramos a reunião e cada um seguiu seu caminho. Fiquei triste ao constatar que haviam poucos voluntários para um trabalho tão bonito e necessário. Faltava gente, sobrava trabalho.

Meu primeiro dia de capacitação foi com a Lúcia, antiga voluntária que se disponibilizou a me orientar. Fomos para a bilbioteca. A primeira criança a aparecer foi um menino que queria um livro sobre dragões. Achamos alguns e ele ficou encantado. A pedido dele li três vezes a mesma história, e só mudamos de livro pois chegaram mais crianças. Cada uma escolheu uma historinha, e até as que pareciam não estar interessadas na leitura pararam para ouvir e participar. Na hora de ir embora fui até a UTI para ver minha amiga e lá vi vários bebês, com vários tipos de doenças, alguns iriam para suas casas em breve, outros não resistiriam por muito tempo, alguns tinham os pais ao lado e uns infelizmente foram"esquecidos" ali pelas famílias. Achei todos lindos. Queria trazê-los pra casa. (rs)

Na semana seguinte Lúcia me acompanhou até o setor de cirurgia. Fomos ler para crianças que haviam acabado de operar ou que ainda entrariam no centro cirúrgico. Lá conheci uma menina que queria ler os livros para mim, do jeitinho dela, já que ainda não sabia ler. Fiquei um bom tempo ali, ouvindo suas histórias. Depois a Lúcia me chamou para ler para um menino que havia feito uma cirurgia, enquanto seus familiares se ocupavam com a mãe que havia desmaiado. Ele escolheu uma historinha longa, e confesso que um pouco chata, mas gostou e prestou muita atenção ao que ouvia e via. O médico havia mandado que ele bebesse um suco, e mesmo contra a vontade acabou bebendo, sem perceber, enquanto ouvia a história. Saí de lá muito feliz com o resultado do trabalho. Voltamos para a biblioteca e só apareceram alguns adultos procurando livros para passar o tempo. Fui para casa, cansada mas feliz.

No terceiro dia, para minha surpresa, a Mada disse que eu estava pronta para fazer o trabalho sozinha, e dessa vez iria para o ambulatório. Fiquei feliz com a confiança, mas apreensiva: sozinha em um espaço que nunca tinha lido e onde ficam muitas crianças. O ambulatório é o lugar preferido dos voluntários novos, pois é onde ficam as crianças que vão lá só de passagem, não tem tantas crianças muito doentes. Tem gente que não gosta de ver algumas cenas, sinceramente não me importo, na verdade preferia até ler na UTI ou enfermarias. Aceitei minha nova "missão" e fui. Chegando lá o espaço estava repleto de crianças. Peguei o tapete, os livros, chamei-os e sentamos para ler. Muitos já eram maiores e preferiam ler sozinhos, então dei mais atenção aos três pequenos que se sentaram ao meu lado. Eles brincaram e brigaram para ajudar a guardar os livros. Aos poucos o medo do desafio passou, o espaço foi esvaziando e terminou meu horário.

No ambulatório procurei o Wally nos livros, vi o cuidado das crianças com eles, vi novamente que por muitas vezes o problema são os pais e não as crianças, vi a alegria escondida nas histórias simples, nos desenhos coloridos, ouvi muitas historinhas improvisadas, outras da vida real... Conheci muitas crianças fofas, que no pouco tempo que passamos juntas demonstraram tanto carinho, respeito, sem nunca ter me visto, pelo simples fato de naquele momento eu estar ali, dando atenção, dedicando um pouco do meu tempo... Nunca vou esquecer, acho que aí está o grande segredo, toda recompensa de um trabalho não remunerado, é o que não se compra e que nos é dado com tanta sinceridade. É um aprendizado riquíssimo ensinado por essas pessoas que, em sua vida ainda curta, já passaram por coisas que um adulto quando passa acha que o mundo está acabando, enquanto elas passam por tudo com alegria, e uma simples brincadeira faz com que esqueçam onde estão e porque. Olhá-las tão pequeninas com problemas tão sérios só me faz ver o quanto nos preocupamos com coisas idiotas, e fazemos de um simples cisco no olho um dramalhão digno de novela mexicana.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Memória


Memória com defeito.


Lembra do que não é pra lembrar


Esquece do que não é pra esquecer.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Teatro


Sinto muita falta do teatro. O teatro me fazia um bem que não consigo definir. Conheci ótimas pessoas lá e também aprendi muita coisa importante que levarei para sempre na minha memória.
Andar de cigana vestida de vermelho pelo shopping, interpretar a aluna de Naum, fazer cenas de época, foliões de carnavais antigos, fantasmas de 1900, Damas da Lotação de Nelson Rodrigues, dançar tango, dançar chiquititas (rs), fazer papel de criança, rolar no chão, dividir o pão, quebrar o tornozelo no início de uma apresentação, enjoar nas barcas voltando do espetáculo ao som do violão do querido companheiro de cena e sentir saudade disso, apresentar um espetáculo, fazer uma bailarina, uma borboleta especial para aquele ator que tanto admiro, sentir saudades das aulas do outro que infelizmente já não podemos mais ver..., fazer A Megera Domada de Shakespeare... (Ah, A Megera Domada, nada como esse texto...), atravessar a Avenida das Américas correndo e quase ser atropelada, pedir apoio nas lojas, implicar com o diretor, se estressar todos os dias no ensaio, (e quanto mais perto da estréia mais estresse), no dia da estréia sentir aquele frio na barriga e aquele medo do branco, no palco se sentir completa, feliz, apesar do medo ainda existir, agora mais segura, mesmo com a platéia olhando, afinal a personagem está em cena, e no final a sensação de alívio de missão cumprida e de quero mais...
Enfim, a saudade bateu, culpa do Chico (Buarque) também, suas músicas me deixaram assim, com essa vontade... (rs)
Vou voltar, nem que seja na produção, nem que seja por diversão, nem que seja pra um dia perceber que já está na hora de aposentar a arte e somente admirá-la da platéia, o que será também um grande prazer.

Fato


O medo é um dos piores inimigos do ser humano.


Borboletas


As borboletas teimam em passar pelo meu caminho, mesmo quando o meu caminho não tem flores. Bom sinal? Mau sinal? Sinal algum? Pode ser um presente, uma maneira de arrancar um sorriso nos dias ruins, pode não ser absolutamente nada. Pode não ter explicação, ser auto-explicativo, pode ter meio milhão de significados, pode não ter significado algum. Só sei que é sempre lindo, que eu amo, que me faz muito bem, e que independente de qualquer coisa, mesmo não sendo coisa alguma, sempre parece alguma coisa.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Início

Queria começar escrevendo uma breve (ou não tão breve assim) apresentação, mas como o texto parece uma história sem fim, nunca consigo terminar e sempre acho que não está bom, vou começar sem ele mesmo, caso contrário continuaria adiando (rs). Por agora posso adiantar que como já diria Raulzito: "Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo." Então como é um blog com minhas opiniões, percepções, pensamentos... e como o título mesmo já diz, são imperfeitos, posso mudar a qualquer momento, por algum bom argumento que me faça rever minha opinião ou mesmo sem um bom argumento, sozinha, analisando melhor... enfim, papo de maluco. (rs) Quem quiser ler, seja bem vindo. Espero que entenda melhor "meu mundinho". Quem não quiser, que sorte a sua... e a minha. (rs)
Beijos!!! (muito difícil terminar s/ mandar beijos. rs)